25 de setembro de 2013

Aprendizados da Semana...


Estou procurando uma palavra que resuma o que estou vivenciando nesse momento, mas não encontro formas para traduzir tudo aquilo que estou sentindo. Talvez eu me encontre em momento de posicionamento de fé e estruturação dos valores internos. É necessário passarmos por situações que nos desestruturam, pois só assim poderemos descobrir onde a fragilidade torna-se visível. E infelizmente, “eles” conseguiram atingir meu ponto mais fraco, deixando-me a mercê da sorte ou azar. Incontrolável, mutável e instável, são as situações corriqueiras pelas quais passamos. Mas não olhemos pelo lado negativo, há de haver uma razão por tudo que passamos nessa vida. Carma, Destino ou Acaso? Isso não importa. Aprendi me portar como um verdadeiro ávido pelo o aprendizado perceptivo. O que vim percebendo, é que a vida não é uma roda, que damos várias voltas, enfrentamos situações repetidas. A evolução não é um círculo, mas trata-se de uma espiral que se movimenta conforme as ações diretas e indiretas do indivíduo. Podemos optar em seguir em frente e nos abrir para os conhecimentos que engrandecem o espírito e a mente, ou podemos estagnar nas velhas crenças e nos mesmos hábitos. Mas até mesmo aquele que para totalmente descobre que a vida o impulsiona todos os dias para o movimento...



Nada dói mais que ver aquele que você ama em uma situação nada agradável. 
Engraçado...

Ela é tudo, mas nos meus braços percebo que ela é um ser humano como qualquer outro, susceptível aos dissabores que assolam o mundo.

Para mim, ela é o ser mais invencível, guerreiro, forte e valente, mas também é frágil como uma flor que vive no campo.

Filhos são assim... 

Nossas mães serão sempre santas aos nossos olhos...


Gostaria também de falar nesse post algumas lições que vim passando com o Tarô. Para sabermos se uma leitura é realmente proveitosa, estejamos atentos às reações do nosso consulente. Se ele entra em um estado de reflexão após suas palavras, é certo que a mensagem surtiu o efeito principal que buscamos quando tiramos o tarô: a orientação. A orientação consciente estabelece para o consulente o que está ocorrendo no seu presente de forma clara, limpa e transparente, abrindo o leque de possibilidades, antes invisíveis, para que o indivíduo faça as mudanças que são necessárias para o aproveitamento sincero do que a vida lhe oferece. 

Se você fizer uma consulta de tarô, esteja atento aos seus sentimentos e suas reações. A leitura te tranquiliza com a verdade dos fatos, mesmo que haja dificuldades para reconhecermos que na maioria das vezes somos nós co-autores do nosso próprio fracasso? Ou a leitura te desperta sentimentos de dúvidas, que não são solucionados, deixando no escanteio a prova da reflexão sadia? Como vim estudando... Descobri que dói mais alimentar uma ilusão, do que encarar a verdade. Entretanto, somos todos responsáveis por ela, queira ou não. As leis universais operam na vida de todos a níveis inconscientes, independente se somos mais ou menos esclarecidos sobre Elas.  



Esta chave é sua... Só abre a porta, se assim desejar. 


17 de setembro de 2013

Pirulito de Papel




É... Esses dias tenho andado estranha. Às vezes me desconheço, na verdade nem tanto. As pessoas ao meu redor que dizem que estou distante. Talvez, minha alma esteja realmente longe, pensando nos sonhos que se desfizeram ao longo da caminhada. O certo seria dizer ilusões. Ilusões que são frágeis. É só chegar à primeira chuva para ver nossa fragilidade, para nos mostrar que somos feitos de açúcar. Mas não é errado se mostrar fraco em um mundo onde todos aparentam serem fortes. Tem dias que estamos mais dispostos e de bem com a vida, mas tem dias também que estamos mais introspectivos, pensativos ou calados, apenas observando o movimento. Ah! Eu não sou robô e minhas ações não são matematicamente calculadas... É... Preciso renovar minhas ideias, colocar na bagagem novos sonhos e correr atrás para realizar minha Lenda Pessoal. Não desisti, não agora, não tão fácil assim. 

O que percebi, todavia, contudo, entretanto, é que nessa caminhada da vida, temos que ter mais leveza, ter mais pureza, ter mais alegria de viver e sinceridade, exatamente como os de uma criança! Ter mais coragem e abrir o coração pra arte do aprender! Não somos sabichões de nada! Somos recém-nascidos na arte do conhecer e o maior conhecimento que podemos adquirir é o ConheCer VERDADEIRO de si mesmo! Onde estiver seu coração, ai estará seu tesouro. “Pedi e recebereis; buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á. Pois todo aquele que pede, recebe; quem procura, acha; e a quem bate, a porta será aberta”. 

Não há nada melhor no mundo do que ser notada por uma criança em um dia que você não está muito bem. Pra minha sorte, foi duas lindas garotinhas, cheias de graças, curiosas com meus olhinhos puxados e me fazendo milhões de perguntas devido a curiosidade natural dessa fase. Durante o atendimento, não sei ao certo, mas a garotinha aproximou-se com algo nas mãos e me deu: "-Toma, pra você". Quando fui ver, era um pirulito de papel, um PIRULITO DE PAPEL! Olhei feliz para garotinha por aquele gesto e agradeci: "Muito Obrigada, Muito Obrigada". Aquilo realmente havia me tocado de uma tal forma, que serviu de inspiração pra tudo o que escrevi aqui. O que vi em seus olhos e sorriso foram sinceridade. E graças a Espiritualidade, tenho essas oportunidades de "acordar". 


 É hora de levantar e continuar a caminhada em busca da minha Lenda Pessoal!


10 de setembro de 2013

A Hora do Trem Passar - Raul Seixas (Cover)

Tentando tocar e cantar A hora do trem passar de Raul Seixas. A música é linda, linda, linda! Espero que gostem, caros leitores!!!




Você tão calada e eu com medo de falar
Já não sei se é hora de partir ou de chegar

Onde eu passo agora não consigo te encontrar
Ou você já esteve aqui ou nunca vai estar



Tudo já passou, o trem passou, o barco vai

Isso é tão estranho que eu nem sei como explicar


Diga, meu amor, pois eu preciso escolher

Apagar as luzes, ficar perto de você
Ou aproveitar a solidão do amanhecer
Prá ver tudo aquilo que eu tenho que saber

9 de setembro de 2013

Algo que estava guardado em mim...




A multidão estava eufórica. As vaias e os insultos ecoavam por toda a parte. Os legumes podres eram jogados no intuito de me acertar. As pessoas gritavam: “Herege! Queime-a! Seguidora de Satã! Bruxa! Queime seus pecados nos inferno!”. Eu não conseguia compreendê-las. Minhas mãos já estavam atadas, que perigo poderia apresentar pra elas? Esperava, aflita, pela sentença que me condenaria à santa fogueira. 

Todavia, em meus pensamentos, me perguntava o quê fizera para atrair tanta hostilidade alheia. Um sentimento raivoso eclodiu. Ignorantes! Tudo o que fiz nessa vida foi tentar ajudar cada uma que passava no meu caminho e a recompensa que recebo é esta? Querem queimar meus pecados, mas suas mentes estão tão enraizadas com o ardiloso veneno! O fato de eu “ver” seres que eram consideráveis invisíveis ou inexistentes não era o real motivo para que estivesse aqui, nessa praça, servindo de espetáculo para este público ocioso. 

A sentença era claramente dita em voz alta: “Se pedires perdão e assumires tua culpa, é certo que estes servos de Deus poderão absolver teus pecados.” Entretanto, eu não era culpada, como poderia pedir perdão por algo que não fiz? Ah! Na verdade eu cometi o maior dos pecados. Eu entreguei meu coração a um rapaz. Entreguei meu corpo e minha alma. Entreguei-lhe meu mundo. Entreguei-lhe tudo! Mas fui traída. Eu deveria saber que não poderia confiar plenamente nesses nobres. Eu deveria saber que príncipes encantados não existem. Eu deveria saber que o amor verdadeiro é pura ilusão! Eu sei de tudo isso, mas agora é tarde. 

Ele não estar nessa praça e a sentença é declarada: “FOGUEIRA”! Sou amarrada com força. Suplico piedade. Levo um tapa na cara. Restou-me então um pouco de orgulho para permanecer calada protegendo aquilo que se sobrou da minha dignidade. Tudo está perdido. Nem o coro dos anjos consigo ouvir. Nem meu guia está do meu lado agora. Estou sozinha. Estou sozinha e com medo. Estou com medo de morrer. Abaixo a cabeça e as lágrimas descem. Ouço as incontáveis vaias da multidão. Meu Deus! Eles não sabem o que fazem. A fogueira é acesa. E aos poucos o fogo vai se alastrando. Sinto um calor sob meus pés. Uma batalha entre os sentimentos começara a ser travada. O Ódio e O Amor lutavam para ganhar a cena no meu espaço íntimo. 

Peço em silêncio, algo que mais parecia uma prece. “Piedade, Senhor! Eles não sabem o que fazem!” Abro meus olhos e sou intuitivamente chamada a olhar para um específico lugar. Lá estava ele, um pouco distante da multidão. Nossos olhares se encontraram. O homem que tanto amei e tanto odiei estava a minha frente. Um minuto foi o suficiente para se tornar uma “eternidade”. O tempo parou. As vaias, insultos e gritos se tornaram inaudíveis. E nada mais importava a não ser aquele momento. Lá estava ele na minha frente. Nada mais importava. Eu ainda o amava! Seus olhos me transmitiam culpa e pesar. Por favor! Não carregue essa culpa no seu coração! Suas lágrimas desciam compulsivamente. Ele havia recebido essa mensagem. “Eu ainda hei de te amar, eu ainda hei de te esperar na eternidade!... 


Algo transbordava de meu ser, algo muito quente, transcendendo tudo aquilo que eu era.  

O Fogo e eu éramos um só.  

O Ágape.

O Tudo e o Nada

In nonime Patris et Fílii et Spitiui Sancto. Amen.