29 de maio de 2013

Para meu caro Leitor



Não esperava receber algo hoje, por isso minha reação foi um pouco desajeitada, como de quem ouve um elogio, mas é tímido o suficiente para negar e apontar um possível engano do elogiador. Mas senti sinceridade quando ouvi: “Leio seu blog! Acompanho quase que todos os dias.”. Senti-me envergonhada primeiramente e não soube receber abertamente suas sinceras palavras. Me desculpe. Sério. Tenho muita dificuldade para receber elogios, pois tenho dentro de mim um lado pessimista que fala que nada que eu faço é realmente “bom” e um bobo complexo de inferioridade. Mas, uma estranha felicidade brotou de mim quando ouvi aquelas palavras. É uma sensação diferente!

Quando criei esse blog, pensava em escrever apenas o que vinha absorvendo dos conhecimentos que estava adquirindo e também alguns textos que brotavam de minha cabeça. Todavia, tornou-se muito mais do que um simples ato de relatar. Desde que adentrei nesse caminho em busca do desenvolvimento de minha “espiritualidade” vim me deparando com lições valiosíssimas, riquíssimas de sabedoria e todo esse “caminhar” vim retratando aqui, na tentativa de compartilhar esse “saber” também com aqueles que estão a minha volta e com as pessoas que leem esse blog. Não que eu me julgue a senhoria de toda razão.

O conhecimento é apenas teórico. Mas a sabedoria deve ser “empírica”. Deve vim da experiência, do sentir, discernir e aguçar das percepções. É laboriosa a prática. Mas é justamente o trabalho que a dignifica, transformando-se o que pensava ser benção, em um mérito!

A busca pela paz interior trata-se de uma conquista e todo esforço que você faz vale a pena. Mas, não devemos buscar essas ferramentas através de propagandas ilusórias no que é externo e unicamente fora de nós! Tudo está já dentro de nós. Toda essa Luz, todo nosso tesouro está unicamente DENTRO DE CADA UM.  Você não irá encontrar ela externamente. Não é frequentando uma religião que você encontrará a tão sonhada paz e felicidade de espírito. Não é através de dogmas que entraremos em comunhão com nosso “Eu Divino”.

Mas é a partir do momento em que você se propor a se autoconhecer, descobrindo assim algumas limitações e deficiências que precisamos estar trabalhando todos os dias para transcender esses bloqueios temporários, é que nós poderemos desenterrar nossos verdadeiros talentos e duplica-los. Só assim, seremos capazes de enxergarmos em nós mesmos nossos verdadeiros potenciais. Só assim, seremos capazes de dar toda a vazão a essa grandiosa luz divina que já nos habita. 

Eu ainda não cheguei ao patamar da “paz de Buda”, pois quando se pede “paciência”, você só atrairá situações justamente para testá-la, entretanto, mesmo que haja espinhos pelo caminho e que eu pise em algumas pedras com meus pés descalços, não devo perder a oportunidade de admirar a beleza das flores  que rodeiam a estrada e da compreensão de que tudo no Universo foi criado para está justamente ali, por uma única razão... Nada é por acaso. Acaso é nome que damos a uma lei desconhecida.

Meu caro Leitor. Obrigada por ler meu blog. Muita Luz, Muita Paz e Muita Sabedoria para você!


26 de maio de 2013

"Uma Janela para a Eternidade" - Livro de Jeff London




A maior de todas as aventuras começa aqui... Ninguém nunca foi tão longe... Até aonde você iria por amor? Um amor verdadeiro... Perene... Indestrutível...

Se existe uma fronteira entre a sanidade e a loucura, por certo o amor a desconhece.

Viaje com o protagonista em sua encantadora jornada, por uma terra inesquecível, inenarrável, e atemporal. A peregrinação de um homem frente à dúvida, às acusações e ao desespero, para encontrar a grande razão da vida... E da morte! A redenção do espírito humano, a fé genuína, e a esperança verdadeira. Uma estória sobre amizade, companheirismo e amor imortal. Só há dois caminhos para o homem: a vida e a morte. Ele trilhou os dois, ao mesmo tempo! Da derrota, à imorredoura redenção da persistência. E a glória eterna de dizer: Oh Deus, mortal ou imortal, eu me silencio aqui... Pois o que é o homem, para que possas viver além da vida de seu Deus?    




Baseado em fatos reais
Eu sempre trouxe este livro dentro de mim. E sabia que haveria o momento certo de publicá-lo, só bastava esperar. Ei-lo aqui. Ele não pretende ser um livro religioso ou filosófico-moral. É apenas a narração de atos verdadeiros em forma de romance. No entanto, nada nele foi fantasioso, ou mero produto da mente de seu autor. Tudo o que é lido e visto nele – com a exceção de alguma liberalidade artística – fora baseado em fatos e experiências reais. Muitas delas, vividas pelo seu próprio autor. A realidade é um conceito imerecedor de confiança, e vivemos em uma plácida ilha de ignorância, em meio a mares tenebrosos de infinidades. Às vezes, a janela se abre, e um mundo todo novo se descortina, ainda que por breves segundos. Um dia, o espelho se retira, e só o que vemos, é a face da verdade, ainda que não a mereçamos por completo.



Dúvidas existirão sempre, e é bom que seja assim. E para aqueles que trouxerem inquietantes perguntas dentro de si, recomendo a leitura de obras e autores que sempre souberam do que estou falando. Entre eles: Fatos espíritas, de Sir William Crookes, cientista e descobridor do elemento químico Tálio. Passaporte para Magônia, de Jacques Vallèe, Phd, cientista da computação e desenvolvedor de computadores para a Nasa. A vidente de Prévorst, de Justinus Kerner, médico alemão, descobridor do botulismo. Vida depois da vida, do doutor Raymond Moody, psiquiatra americano. A vida além do véu, pelo reverendo George Vale Owen, sacerdote anglicano que se tornou médium. Entre tantos outros...

Quem é Jeferson Silva (Jeff London)?

Mineiro, espiritualista... Um andarilho das estrelas: Prefiro ser um cometa, a ser um planeta adormecido...

Lançamento
O livro tem data prevista para lançamento em 22 de Junho* na Livraria Leitura em Minas Gerais.

*a data pode sofrer alterações.

Eternal Sunshine of the Spotless Mind





Ela entrou no consultório que havia visto em um anúncio no jornal. Estava desesperada. Pagou rios de dinheiro para um tratamento experimental que colocaria de vez um ponto final no sofrimento que vivenciava. A promessa do anúncio era: “apague de sua mente todas as memórias dolorosas que impedem você de alcançar sua felicidade”. Duvidoso, mas ao mesmo tempo milagroso o suficiente para ela tomar a atitude de marcar uma consulta. Estava nervosa e sua afeição transmitia unicamente o desespero interno de uma alma que já não sabia o que fazer para simplesmente esquecer ele. Esquecer, pois, não era fácil. Meses se passaram após um término conturbado. Tudo havia sido jogado no ralo. Os momentos bons e ruins tornaram-se uma coisa só. Os erros foram mais visíveis que os acertos. Os defeitos foram inaceitáveis. E as qualidades, invisíveis. Ela estava perturbada.  Balbuciava palavras sem sentido, incoerentes, incertas e confusas. Mas ela já tinha a certeza que queria apagar de sua memória todos os resquícios fragmentados que ainda restaram dele em sua mente. 

“- O que você gostaria de esquecer?” – Perguntou o médico.

“- Quero esquecer quem foi ele. Quero apagar de minha mente e do meu coração a prova de que um dia ele existiu em minha vida...”.

“- Você tem certeza que quer se submeter a esse tratamento?”- insistiu o médico.

Após uns segundos. Ela respondeu sem hesitar:

“- É melhor viver a dor de esquecê-lo do que viver a dor de não ter ele ao meu lado.”





O filme Eternal Sunshine of the Spotless Mind, em português, O brilho eterno de uma mente sem lembranças traz consigo uma maravilhosa reflexão a respeito dos relacionamentos pessoais. A história é de um casal, Joel e Clementine. Ambos estavam lutando há anos para manter um relacionamento que já mostrava seus sinais de desgaste e negligência. Mas não deu certo. Desiludida com o fracasso, Clementine aceitar a fazer um tratamento experimental em que todas as lembranças que ela mantém de Joel são simplesmente apagadas. Ela esquece totalmente ele e todos os momentos que vivenciaram juntos. Após ver a atitude de sua ex, Joel entra em depressão, pois ainda a amava e simplesmente sofria por saber que ela não lembrava mais dele. Até que não aguentando mais, submete-se também ao tratamento. Mas durante o processo, ele acaba desistindo, entrando em uma luta para tentar manter as lembranças de Clementine dentro de si e encaixar ela em memórias dos quais ela não participa. 


A proposta parece boba, mas nos traz uma reflexão maravilhosa. Quem nunca teve  vontade de esquecer algo? Quem não gostaria de ter dentro de si um botãozinho com a palavra “erase” e que a qualquer hora você poderia apertá-lo para apagar todos os registros negativos da sua caminhada? 

Durante nossa jornada, damos muitos tropeços. Agimos por impulso, sem pensar nos efeitos. A causa de toda impulsividade acaba nos levando a trilhas incertas, sem rumos ou saídas. O arrependimento sempre é visível quando uma escolha não dá certo, ainda mais em relacionamentos pessoais. Quantas vezes vemos casais separando-se em pé de guerra, destruindo tudo de bom que existiu um dia e depositando no coração o rancor, a mágoa, o ressentimento e a tristeza pela pessoa que um dia foi importante em nossas vidas? Nessas horas é que gostaríamos de esquecer. Simplesmente fingir que aquela pessoa não foi importante e que com certeza se tivéssemos a oportunidade, iriamos apagar de vez a existência dela dentro de nós. 

Mas ainda bem as coisas não são assim! Ainda bem que não existe nenhum botão mágico ou nenhum tratamento que nos faça esquecer as coisas dolorosas. Ainda bem que não existe fórmula ou poção mágica do “esquecimento”. Ainda bem. Não podemos fechar os olhos para as coisas que não deram certas, pois nem sempre seremos os vitoriosos. 

Temos que aprender a lidar com nossos fracassos pessoais. 

Temos que ter humildade suficiente para reconhecermos nossos erros. 

Temos que ter o amor suficiente para perdoar as nossas falhas e as falhas dos outros. 

Se não deu certo seu relacionamento, perdoe ele (a), ame e desapegue-se. 

Deixe o barco tocar. A vida fluir. Se abra para ela e ela se abrirá para você.

Pegue todas as lições e aprendizados, pois certamente podemos aproveitar tudo e sinta com toda a certeza que nada foi em vão.

Quando perdemos, também ganhamos.