Tarô, Tiragens e a Sensação de que nada sei...


Tarô: passado, presente ou futuro? Desde que me propus a estudar esse oráculo, fico maravilhada a cada tiragem que faço para meus consulentes. O tarô não apenas me traz grandes surpresas e sim, testa meus conhecimentos e minha capacidade de percepção. E a cada tiragem, vejo que meu próprio baralho me testa. E eu gosto disso. É como se ele testasse meus conhecimentos, para ver se estou aprendendo direitinho e se tenho humildade suficiente para dizer que não sei (ainda) o significado de cada arcano se ele cair em tal casa. Sempre quando realizo uma consulta fico apreensiva inicialmente, até porque não tenho total segurança já que estou ainda “iniciando” nesse caminho do qual tenho muito ainda a se aprender. Então obviamente, há muitas coisas que não saberei responder e o certo é que em vez de tentar enrolar o consulente com o “taroachismo”, digo a verdade, falo que tal arcano em determinada casa e situação está fora do meu conhecimento e interpretação.  Mas na medida do possível e quando possuo tempo, procuro pesquisar sobre os arcanos e eles sempre me surpreendem quando caem em determinadas casa em que poderá haver mais de uma interpretação. É um desafio do tarólogo saber interpretar da melhor maneira o símbolo daquele arcano e o porquê de ele ter caído em determinada casa. Posso afirmar com meu precário conhecimento nessa área, que não sei dizer ao certo como consulente viverá tal situação e como estes arcanos agiram na vida dele diante a resolução diante ao tema que foi consultado. E essa é o tema que tratarei nesse post. 

Hoje foi o dia que minhas cartas escolheram para averiguar meus conhecimentos. Fiz uma consulta para uma amiga em relação ao seu lado profissional, cuja mesma chamarei pela letra “C”. Ela queria saber sobre seu trabalho e não entrou em detalhes. Comecei a embaralhar as cartas e dispus na mesa, as cartas para que ela mesma escolhesse, utilizando o método Peladan: São escolhida 5 cartas; 2 falaram sobre o presente, o que há de positivo e negativo em torno da questão. A Terceira falará sobre o desenvolvimento rumo a 4° que é o resultado final. A 5° é a postura do consulente em relação ao que foi perguntado. 

Feito isso, comecei a desvirar as cartas e a interpretar (de modo simplista) o que havia saído. No presente as primeiras cartas foram Imperatriz+9 de espadas/ Pendurado+9 de paus. Pela interpretação, elas diziam que o consulente sabia manter a postura profissional correta. Tinha praticidade e sabia se desenvolver seu crescimento e sua expansão no ambiente de trabalho. Todavia, havia algo que incomodava ela. Algo que ela não concordava. Algo relacionado ao passado. Algo que tirava o sono dela.

Perguntei se isso era verdade e a Srta “C” evitava falar muito, prestando atenção no jogo.  Quando desvirei a carta da 3° casa, UAU! Deparei-me com a Morte+9 de copas. OPA, o que este arcano está fazendo aqui? Milhões de interpretações vieram na minha mente. Perguntei na hora se ela estava querendo mudar de emprego ou então se havia chances de subir de cargo. Antes que os tarólogos acendam as tochas e venham atrás de mim, o Arcano Morte todo mundo sabe que significa mudanças, transformações, alterações e o 9 de copas é a realização de algo que o consulente muito sonhou. Foi ai que a consulente parou o jogo e começou a me contar a história dela.

A Srta “C” disse que trabalhava a 15 anos em tal empresa. Sempre foi funcionária exemplar, se dedicava e se esforçava no serviço. Seu chefe notava, depois de muito tempo de luta, que ela merecia uma promoção, então, correu na empresa que ela seria promovida para um cargo melhor, só que a Srta “C” estava de férias e que só receberia a promoção quando retornasse. Seus desejos seriam atendidos, sua vontade seria feita, seus esforços não foram em vãos. Pois é, não foi desta forma. Seu chefe que lhe daria a promoção faleceu e seus sucessores haviam extinguido o cargo da qual ela seria promovida restando assim, a frustração da Senhorita “C”. 

E eu pensava: “OMG, por que minhas cartas mostraram o passado na casa onde mostraria o desenvolvimento da questão?” “EITA, FERROU GERAL”.
Pedi desculpas para a consulente. Disse que de vez em quando isso acontece, de um jogo mostrar o passado. Entretanto, ela dizia que tudo o que eu tinha dito em relação ao trabalho dela estava totalmente certo. E o resultado do jogo era o Louco+Cavaleiro de Paus em que era possível algumas interpretações: Ela continuaria no trabalho, lutaria pra conquistar uma posição melhor ou a consulente começaria a visualizar caminhos diferente, um novo horizonte para Srta “C”. 

Considerações finais minhas em relação ao jogo, não é a primeira vez que minhas cartas mostram uma situação do passado onde ocorreriam eventos que se desenvolveriam até chegar à conclusão do que sei foi perguntado. Cheguei a pensar que pode ser que o consulente possa “reviver” o passado naquela casa. E no livro de Nei Naiff, ele explica os arcanos que relacionados com o passado e Morte está entre um deles. Pois é, há ainda muito que se aprender. Sei que minha tiragem no final das contas deixou de modo positivo a consulente mais reflexiva. E isso é muito bom. Gosto quando uma tiragem minha deixa o consulente no estado de reflexão e sempre repito: “Deus é tão Bom, que ele concede ao SER HUMANO a opção da Liberdade de escolha, seu livre arbítrio. Cuide das suas escolhas, reflita antes de agir e lembre-se que o seu futuro é resultado de seu presente.”

E volto a repetir: “Tarô, um caminho de expansão da ALMA, MENTE E CORAÇÃO”.

Comentários

  1. Eu não me arrisco mais com o tarot.
    As vezes é melhor assim, não saber.
    Porque tem vezes que a gente se encana.
    E tem coisas que custam pra sair da cabeça.
    Tipo ouvir algo, e ficar com receio.
    Ou talvez esperar por algo, que nunca venha a acontecer.
    Por essas e outras, eu prefiro apenas não arriscar.
    Mas eu respeito muito isso, de quem consegue ler.
    Não é todo mundo que consegue...
    Mas enfím, isso é uma faca de dois gumes.
    E as vezes o melhor, é apenas não saber.
    Não saber nos dá um livro aberto.
    E saber, as vezes nos tira o chão.
    Mas isso é uma escolha individual, certo?
    E tem que ser assim...
    Liberdade de escolha.
    Entre saber, ou deixar o futuro acontecer.
    Seja lá o que o destino esteja nos reservando.

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