O destino se desenha nas linhas invisíveis da existência com seu inigualável charme, convidando-me a dançar ao ritmo dos seus mistérios. Quase não consigo acompanhar seus passos, quase me esqueço do acaso e das coincidências. Um sorriso amarelo, um olhar cansado, uma roda de conversa vazia, um dia de chuva com o sol ardendo no céu—o destino está ali, sempre à espreita, aguardando a imprevisibilidade do momento, aquele breve instante em que não estou mais no controle.
Talvez algumas situações sejam predestinadas, traçadas pelo espírito para cumprir um propósito maior. Nem sempre cabe a mim compreender os porquês, nem tudo se revela à luz da razão. Mas posso aceitar o mistério e absorver as lições que a vida, incansável, se propõe a ensinar.
E assim, sigo em frente, dançando com o desconhecido, permitindo que o destino desenhe seus traços sobre minha pele. Nem tudo precisa de explicação—algumas respostas estão escritas no silêncio, no intervalo entre um passo e outro.
Abraço a incerteza, entrego-me ao fluxo da vida. O controle escapa, mas a liberdade me encontra.
E, no fim, talvez seja isso: confiar que, mesmo sem compreender, estou exatamente onde deveria estar.
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