22 de fevereiro de 2024

Cachorro e o Prego

Um rapaz estava dirigindo há horas em um deserto. De repente, ele se depara com um posto de gasolina bem simples, com uma bomba de gasolina e apenas um senhor de aproximadamente uns 70 anos de idade, sentado em uma cadeira de balanço antiga e ao seu lado estava um cachorro. O rapaz para o carro e diz:

“Senhor, por favor, encha o tanque para mim.”

O senhor levantou e começou a encher o tanque.

Enquanto fazia isso, eis que o jovem motorista avistava a reação do cachorro que chorava e parava, chorava e parava. O motorista agoniado com o fato, pergunta ao senhor:

“Esse cachorro é do senhor?”

“Sim” – respondeu o senhor.

“Então me responda por que ele não para de uivar?”

O senhor responde: “É porque ele está sentado em um prego.”

“Então por ele não levanta e sai dali?” – indaga o rapaz.

” É que não deve estar doendo tanto – Dói-lhe o suficiente para se queixar, mas não o suficiente para se mexer” – responde o senhor.


Engraçado como essas histórias se encaixam em nossas vivências cotidianas.

Quanto tempo de nossas vidas perdemos reclamando de uma situação? Será que o tempo que gastamos reclamando é proporcional ao tempo que perdemos buscando uma solução? Esse incômodo que você julga sentir é um motivador para procurar agir? Ou você reclama porque não tem mais nada a fazer? Ou porque no fundo você gosta dos olhares piedosos, gosta da atenção que te dão quando estão com pena de ti?

Ouvi essa história ontem da minha professora. Ela jogou essa história em mim sem dó nem piedade e doeu para caramba. Doeu porque era verdade e a verdade tem dessas coisas: te fazer encarar suas mentiras e desculpas e depois te libertar do julgo das mesmas.   

Se eu quero que determinado desejo se realize, eu tenho que agir de acordo. Tenho que parar de me queixar, sempre lamentando a falta do que não tenho agora. Enumerar o que falta para me sentir completa não significará nada se eu não agir nesse exato momento e parar de me lamentar pelo tempo perdido, pelas escolhas que fiz e não fiz, por todas as decisões que tomei por impulso e que perdi algo. 

Preciso agir.

Preciso mostrar para meu cérebro e ensinar para ele que continuar abraçada ao incômodo não vai me fazer avançar adiante. Afinal, nos apegamos e criamos como um bichinho de estimação esse negócio chamado incômodo. Mas... todo adeus requer desapego. Estou me desapegando de ti, Sr. Incômodo porque a convivência contigo esses anos todos foi uma experiência sofrida! Não quero que essa dor me definhe e me faça seguir um caminho oposto a qual imaginei para mim. 

Está doendo o suficiente para que eu levante... e avance!



4 de fevereiro de 2024

Minha fase "Low Profile"


Meu momento me pede para fazer o movimento contrário. Estou me retraindo mais uma vez, como um caranguejo que se esconde em seu buraco. Muitos compartilham cada passo de suas vidas em suas redes sociais. Acho que não me identifico mais com esse ato. Parece que a vida dos outros virou uma vitrine virtual. Onde você se encaixa nesse layout chamativo e atraente? Será que ao observar as vidas alheias aparentemente felizes, sua vida também se torna automaticamente feliz? Eu não quero fazer da minha vida uma vitrine aberta. Eu estou entre aqueles que escolheram o caminho inverso, o estilo de vida "low profile". Calma. Só tem 1 mês que desativei tudo. Eu sei. Sempre tenho recaídas. Desativo e tampouco tempo ativo de novo. Mas agora é pra valer.

Sair de redes sociais como Instagram ou Facebook diminuiu notoriamente minha ansiedade e minhas crises emocionais e devo me lembrar disso quando me sentir tentada a voltar para elas. Em uma busca rápida pelo Google, a Associação Paulista de Medicina, em um texto publicado em sua página diz que o uso de redes sociais pode afetar nossa saúde mental: "Redes sociais muitas vezes promovem uma cultura de comparação onde as pessoas podem se sentir pressionadas a comparar suas vidas e conquistas com as dos outros. Isso pode levar à baixa autoestima, sentimentos de inadequação e ansiedade em relação à imagem e status social". 

Longe das redes sociais, estou podendo olhar para outras áreas da minha vida que precisam que eu foque nelas para elevar o patamar que se encontram. Sobra mais tempo para olhar para dentro e repensar o que você está fazendo, repensar no que pode ser mudado e focar para que essa mudança esse real.

Eu ficava com medo de cair na rede do esquecimento, pois as redes sociais me permitiam acompanhar a vida de pessoas que não estão perto de mim. Mas sei que quem é realmente importante para mim, eu vou levar comigo onde quer que eu for, pois o pensamento viaja o tempo-espaço e abraço em pensamento quem não se faz presente fisicamente. 

Agora... é a fase "low profile". 
Mas se você estiver com saudades, manda uma mensagem no whatsaap ou me acompanhe no Youtube.
Ou me chama para tomar um café da tarde. Se me chamar, eu vou!