As discussões...

 

Por muitas vezes, tomei atitudes baseadas na emoção e no julgamento. Com essa pessoa, sempre fui a primeira a criticar, a julgar e a jogar pedras. Só que agora, eu quero agir diferente. Não quero ser a primeira a jogar pedras, não quero ser a primeira a julgar e criticar, não quero ser a primeira a crucificá-la só porque suas ideias são divergentes da minha. 

Nossos conceitos do que é certo ou errado pode nos separar drasticamente um dos outros. Você está bem dentro do seu mundinho subjetivo criado por conceitos de como a realidade deveria ser e funcionar. Estamos imersos em grandes bolhas... Nos alinhamos a quem pensa semelhante e recusamos a encarar pensamentos dissonantes. Não aceitamos tão bem a diferença, a diversidade de opiniões... os estilos de vidas que julgamos sob a métrica do que é fracasso ou sucesso para nós. A vida do outro é como uma tela de televisão que tentamos controlar e buscamos mudar os "canais" até que encontramos algo que queremos assistir. 

O problema de julgar e criticar é o afastamento que isso ocasiona entre o criticador e o objeto criticado. E nesse ato de projetar como deveria ser o AGIR do outro, nos frustramos constantemente ao descobrir uma máxima do universo: não mudamos ninguém a não ser nós mesmos. E a segunda máxima advinda da primeira: não temos o direito de mudar o outro para que ele se encaixe nos nossos padrões de comportamentos sobre-humanos. 

Dessa vez, as pedras estão no chão e eu estou sentada nele. Estou refletindo todas as vezes que usei minhas palavras para ferir, acusar e denegrir alguém. Estou no chão, pensando em todas as atitudes impulsivas que já tomei e que não são tão gloriáveis. Permaneço no chão ... Buscando compreender como usei meus julgamentos para afastar as pessoas ao invés de entender que o mundo não funciona sob o prisma de um único olhar... Eu não me permiti fazer um exercício empático de me colocar no lugar do outro para ver como ele enxerga esse mundo.e como esse mundo afeta ele. E sei que isso machucou pessoas. Eu errei.

Deitada no chão, penso que a única coisa que nos é semelhante é a terra que pisamos, o ar que respiramos e todo elemento químico, biológico e físico que compõe nosso corpo humano. E é nesse chão que quero caminhar: se sentindo e sendo humano. Sem idealizações, sem expectativas, sem deísmos, sem pedestais, sem a luta insana e frenética de querer que outro calce os mesmos sapatos que o meu. 

Agora... 

Me basta apenas que o outro queira caminhar ao meu lado também se sentindo e sendo humano. E que nesse caminhar, eu e você possamos aprender muito um com o outro. 


 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Estrela + 9 de Espadas

Gita e os 22 arcanos do Tarô

Tarô - Uma expansão da Mente, Coração e Alma! [parte 2]