The Samsara





Quanto tempo dura as coisas? Basta olhar o prazo de validade que está no rótulo. Por mais que a embalagem seja perfeita por fora, por dentro ela perece. Descobri que nada é perfeito e na constante imperfeição observada no dia-a-dia, vi que: o tempo corrói a madeira, envelhece a pele, amarela o sorriso, endurece o corpo, enferruja o coração. Quanto tempo dura as coisas? Quanto tempo dura uma amizade? Quanto tempo dura uma pessoa? Quanto tempo dura um amor? Quanto tempo dura o perfume de uma rosa? Basta olhar o prazo de validade, olhar com os olhos de verdade para saber se esta coisa está no fim, no início ou no meio. 

O dia-a-dia e sua loucura me fazem ver que nunca parei de correr em círculos. A Samsara continua girando sem parar... E eu, giro com ela sem saber, exatamente, onde ela me levará daqui um, dois ou dez anos. A ignorância me faz permanecer no mesmo lugar. A paisagem muda, o tempo é outro, os copos são novos, o prato nunca foi usado, mas continuo sendo a mesma pessoa agarrada aos meus vícios e paixões que ainda me fazem fracassar.   

Estas perguntas ainda perturbam meu sono... Todavia, eu aprendi que a resposta para esta pergunta é muito simples. Basta perceber os ciclos da natureza. Perceber sua mutabilidade, perceber a transição da vida e saber que a essência original  e verdadeira, esta, nunca muda. Somos eternamente herdeiros de nós mesmos.

Só aprendi.
Falta apenas aceitar.
Mas sou apegada a velha mania de ter alguém para culpar por tudo aquilo que deixei de realizar...   


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