Tarô e a Renúncia Papal





Desde que comecei a trilhar o caminho do autoconhecimento através do tarô, que foi a minha primeira ferramenta para trabalhar em cima disso, vim me deparando com determinadas situações e me surpreendendo com a forma que os arcanos trazem a luz a questões ocultas e conflituosas que vivenciamos em vários períodos da nossa vida. O Tarô não é apenas um “joguinho”, onde deitaremos as cartas esperando alguma divindade descer sobre elas ou que jogamos por mera curiosidade... O que percebi é que muitas pessoas carregam um preconceito enraizado sem se dar a oportunidade de conhecer essa arte e estuda-la.

Um fato histórico aconteceu essa semana. Todos estão sabendo da renúncia do Papa Bento XVI. Essa notícia surpreendeu a todos e ninguém esperava a desistência de uma figura de suma importância para igreja católica. Confesso-lhes, pois, que pouco sei sobre essa pessoa, mas isso foi algo que me intrigou muito. E que um fato como esse ocorreu apenas em 1415, com Gregório XII. Surpreendida com o fato, logo as vésperas da quaresma, peguei meu baralho e me permiti fazer uma pergunta a respeito: “Quais foram os reais motivos que levaram Bento XVI a renunciar seu cargo?”





Esse Dez de paus foi algo inesperado. Essa carta é conhecida como a “carta da OPRESSÃO” ou seja, fardo, sobrecarrega mento, sem tempo para si mesmo, trabalhando como louco, cheio de deveres e obrigações. E isso foi o que ele disse na seguinte nota:
Íntegra da Declaração de Renúncia:
Caríssimos Irmãos,

Convoquei-vos para este Consistório não só por causa das três canonizações, mas também para vos comunicar uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idóneas para exercer adequadamente o ministério petrino. Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando. Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado. Por isso, bem consciente da gravidade deste ato, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, que me foi confiado pela mão dos Cardeais em 19 de Abril de 2005, pelo que, a partir de 28 de Fevereiro de 2013, às 20,00 horas, a sede de Roma, a sede de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice.

Caríssimos Irmãos, verdadeiramente de coração vos agradeço por todo o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso do meu ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos. Agora confiemos a Santa Igreja à solicitude do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo, e peçamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista, com a sua bondade materna, os Padres Cardeais na eleição do novo Sumo Pontífice. Pelo que me diz respeito, nomeadamente no futuro, quero servir de todo o coração, com uma vida consagrada à oração, a Santa Igreja de Deus.” (Fonte: Wikipédia).


O Dez de Paus revela também o peso que nos incomoda, que impede nosso desenvolvimento. O Naipe de paus age diretamente no plano espiritual, significando uma evolução, compreensão e aceitação.

Seguindo, o Cavaleiro de Espadas na posição negativa, nos revela que o cansaço poderia está  fazendo-o desistir de lutar por suas convicções. Algo o dominava a ponto de não o deixar falar sobre suas próprias necessidades. Ele estava “limitado”. E abrir mão, de todo o conforto material, de todo o poder (pois sabemos que o patrimônio da igreja é extremamente extenso) e suas riquezas, foi uma grande demonstração de “desapego”. (Dez de paus – Dez de Ouros). Ele foi direto, realista e incisivo. Encarou os fatos de frente e aceitou todas suas limitações. (Rainha de Espadas). E o resultado é seu afastamento de todas as circunstâncias desconfortáveis e incertas. Uma retirada estratégica, envolvida pelo sentimento de luto pelas perdas. Mas é uma retirada para um RECOMEÇO. (6 de espadas)

Quem está acompanhando as notícias sabe que ele decidiu sair dos “olhares públicos” e viver escondido em um mosteiro. Eu fiz essa leitura no dia 13/02. Espero que ele possa seguir verdadeiramente o que o coração dele dita. Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, podemos começar agora e fazer um novo fim.

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