Os palpiteiros



Estou rodeada de vários palpiteiros. 

Comentadores assíduos da vida alheia que não perdem nenhuma oportunidade de darem sua opinião. 

A conversa é sobre a vida do outro? Tem coisa mais prazerosa que a maledicência? Fofocar é uma delícia. Dá uma cosquinha gostosa na língua! Conselhos? Todos têm. Todos sabem exatamente o que você deve fazer. Seus problemas tem solução, pois basta encontrar um palpiteiro para ser iluminado por virtuosos conselhos. Pra quê pagar psicólogo se posso me orientar com esses nobres conselheiros? 

Em toda conversa o palpiteiro se intromete. Não tem uma que ele não perde a chance de ficar calado! Não espera ser convidado pra conversa. Entra nela quando quer, fala o que quer, sai dela quando quer. A intromissão na vida do outro é tão normal que ele mesmo não percebe os absurdos que fala. É o famoso: falar pelos cotovelos. Muitas vezes, ouvimos conselhos que o próprio palpiteiro não segue, não pratica, não vivencia.  

E na brisa dos palpiteiro acabo sem querer comentando assuntos que não domino, que não tenho pleno conhecimento de causa e efeito. A vida do outro é um mistério! A onda é tão forte, que acabo me chicoteando com a própria língua. Mas... Toda vez que um palpiteiro surgir, eu deveria mentalizar um mantra: "a vida do outro não me diz respeito". Você pode falar o que quiser. Posso até emprestar meus ouvido, mas me reservarei a não fazer mais comentários.  

O coração do homem é terra que ninguém pisa, já dizia minha mãe. Quem há de saber quem é o outro por inteiro? Quem há de entender a complexidade de cada indivíduo: seus gostos, suas motivações, suas influências? A vida do outro não me diz respeito. Vou repetir. O que o outro faz não é da minha conta. Quem dita regras sociais de comportamento são os ditadores e a humanidade já conheceu um monte deles. 

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