20 de outubro de 2025

The Last Verse

I tried to regret

I sat down and I cried

the well bottom was infinite

tears without echoes on the water... Hell?


I did suffer

I did stutter

This I did... But I didn't regret

I asked forgiveness for this

But something didn't let me do this


I've seen the temples of beauty

I've seen the Wonders of mistakes

I've met the wildflowers

I danced and ran away with the wind

I flied so high

I rested in caves and went to the Waterfall of Life

And I didn't take no wise note to take me off from that moment

I was just the happiest

So now I give you wisdom

To be wise is to be fooler than the wisest ones

Who can't smile

I said

I rested in the Waterfall of Life

And never needed to go there again

You doubt me?

Well...

I now flow in life

And life flows in me

And I bathe my doubts in the water

And when I'm certain

I swim in the river again


But you didn't read all this

Just to have this as the last line, right?


Lost chances must remain lost

But you can make them tighter hugs

The imperfect Garden where you love

It will be Eternal Heaven

The doubts will be seeds of new Faith

And every new Faith will make you dance differently

Maybe funnier, but certainly it will make you dance

So believe in it

Tomorrow may not be better

But can be another friend in the party

And the last line you wanted from a poem 

It's just you searching in the wrong place

So stop it!

Last lines are for the ones who didn't like to talk because they never learned to listen

- Listen!

11 de outubro de 2025

O Deserto da Alma

 


O tempo parece engolir tudo o que conheço. Corro sem saber para onde, e no meio do caminho, algo se perde. Perdi as chaves daquilo que um dia chamei de lar. Não um lar de paredes e portas, mas aquele abrigo silencioso que existe dentro da gente.

O vazio vem acompanhado com a sensação de estar presa em uma gaiola invisível, onde o mundo continua girando, mas o coração o acompanha. O silêncio se torna um espelho e nele, vejo refletido a voz que tanto ignoro: a alma pedindo passagem.

Para sentir o sopro divino é preciso atravessar o deserto.

Não há atalhos, não há promessas fáceis. É ali, entre a dor e o pó, que descobrimos que sonhar ainda é um ato de coragem, mesmo quando chão queima, mesmo quando o corpo cansa.

Atravessar o deserto da alma é entender que cair faz parte. Que há beleza no levantar, mesmo sem saber o que vem depois. E que a fé não é apenas certezas, mas também impulso. O caminho mais árido pode ser o mais sagrado, porque é nele que a alma aprende a respirar.




Sobre Recomeçar...

 


Às vezes, o silêncio pesa mais que qualquer palavra. Nossas almas se debatem entre medos e desejos, e o muito que temos parece ser sempre insuficiente. Procuramos um abrigo, conforto e respostas. Encontramos apenas vazios, ecos de nossas próprias incertezas.

Mas é nesse espaço de falta que aprendemos a nos conhecer. 

O sofrimento, embora indesejado, nos ensina a levantar depois de cada queda. Ele revela que a força não está em evitar erros, mas em enfrentá-los, em encarar nosso próprio destino com coragem e humildade.

O passado e o futuro se tornam irrelevante diante a clareza do presente. Percebemos nossos passos, nossos riscos, nossos sonhos. Então, por que não sonhar? Por que não se arriscar? Por que não recomeçar?

Abrace seu medo, assuma sua liberdade em errar e lembre-se que cada recomeço é uma chance infinita de transformar sua própria vida. É a lembrança de que a luta vale mais que a desistência, e que,  mesmo em meio ao caos, existe sempre um caminho de esperança. 

27 de setembro de 2025

Minha pequena garota corajosa

 


Ela é uma garota corajosa.

Deixou tudo o que era conhecido e confortável para ficar alguns meses em uma terra desconhecida, com outros hábitos, outros costumes, outra forma de existir. Quantos têm coragem para isso?

E se você soubesse que está prestes a viver a maior experiência da sua vida, você teria coragem de abandonar o que é cômodo e seguro? Você teria coragem de enfrentar o novo, sem garantias, sem um roteiro pronto, sem saber se vai dar certo?

Eu me pego pensando nisso. Acho que falta isso em mim: coragem. Não aquela coragem de grandes heróis, mas a simples coragem de abrir mão do que já sei, de soltar as amarras, de atravessar a ponte sem olhar para trás.

Talvez a coragem não seja ausência de medo, mas a decisão de seguir mesmo sem saber se vai dar certo. Talvez seja dizer “sim” ao desconhecido mesmo com a voz embargada. Talvez seja aceitar que viver exige risco e que o maior risco de todos é permanecer imóvel, quando a vida está chamando para além do que é confortável. Um salto de fé que pode te tirar do escuro e descobrir um novo estilo de vida mais compatível com as coisas que você gosta.

Quero encontrar a mesma coragem que vejo nela em mim. Porque, no fundo, a coragem dos outros sempre desperta um sussurro dentro de nós de que: “você também pode”.

Te amo, minha pequena garota corajosa.

O valor de ser escutado...

 


São raras as pessoas que ouvem o que você fala sem julgar, sem comentar. Elas ouvem com atenção cada palavra e frase solta da narração de uma pequena história de vida intensa e confusa. Quando paro para pensar na minha própria história de vida, algumas situações ficam assim: incontáveis. 

Não tenho uma memória boa. Não guardo nomes com facilidade. Se não vejo a pessoa no meu dia a dia... o fato de ela ter existido na minha vida vai se apagando lentamente... e no fim resta apenas uma vaga sensação de: “conheço essa pessoa de algum lugar”. Sério, minha memória é péssima para fisionomia e nomes. Raramente lembro de histórias da minha infância, adolescência, salvo aquelas que são recontadas religiosamente em um café da tarde com minha mãe ou as que mais me marcaram.

Então, quando é para falar algo que aconteceu no meu passado, não encontro as palavras certas e tento resumir ao máximo as experiências. Por que? Primeiro: pode ser entediante para quem ouve, segundo: não lembro com detalhes cada cena, cada gesto, cada palavra. Mas hoje encontrei alguém que queria ouvir o que tinha a dizer.

E ouviu com atenção, sem julgar, sem criticar... É raro esbarrar com alguém assim. Alguém que realmente te ouça, ouça suas dores, não julgue e nem diminua. Não inferiorize sua experiência querendo contar vantagens.

E talvez seja isso que dá valor às nossas histórias: quando encontramos alguém disposto a acolhê-las, mesmo que fragmentadas, mesmo que sem todos os detalhes. Porque no fim, não é a perfeição da lembrança que importa, mas a conexão que nasce no instante em que alguém escolhe simplesmente estar presente: ouvindo, sentindo e permitindo que nossa voz exista inteira.