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Mostrando postagens de novembro, 2013

Algo que estava guardado em mim... (2)

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Aqui estou eu, falando com meus sentimentos. Algo quer sair, ganhar forma, ganhar textura com palavras. Onde estou? Não consegui definir. Estou tentando me concentrar, distinguir cheiros, sons. Ouço vozes e uma sirene. Estou em um campo. Essas vozes são ríspidas, falam constantemente em tons agressivos. Eu apenas obedeço. Não falo nada. Não consigo me visualizar. Minha visão está toda borrada. Tento aguçar meus ouvidos. As vozes mandam, gritam. Eu tenho medo. Não ouso a contestar, já vi o que eles fazem com quem grita por seus direitos. E aqui não há justiça. Fomos abandonados. Onde estou? Ouço apenas o silêncio. Não há lamúrias ou ressentimentos. Todos estão cabisbaixos. Deitam suas cabeças, sem saber o que esperar do amanhã. Deitam suas cabeças sobre algo que parece ser um “travesseiro” sem sonhos que possam lhes salvar da desoladora realidade. Eles também não choram, pois suas almas já derramaram todas as lágrimas, restando-lhes apenas o silêncio perturbador. Fomos esquecidos.

Poesia (?)

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Com que facilidade relega-me atenção? Não penses que estou a te cobrar Mas confesso que careço de afeição... Você é como uma estrela a me iluminar. Esse sentimento veio de surpresa, Nasceu da nossa convivência, Não me relegue sua presença... Pois sinto sua ausência. Eu não sei se estou amando (!) Essas paredes estão ruindo... Você não está ouvindo? Minha alma está clamando... Não deixe apagar a chama Que inspira os corações de quem ama. 

"Música (?)"

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O que restou da humanidade Está preso na maldade. O que restou do desespero, Estão nas vozes que não falam. E a angustia do vazio Muitas vezes me vi perdido. Sob espinhos eu caminho Sigo essa via sozinho... Não é tempo de sonhar Minhas asas não abrem mais E a esperança que guardei Agora é tarde demais. Nessa terra de estranhos, Vosso rosto está em prantos. Nós perdemos a coragem Segregando a bondade Nosso sangue é derramado Quem irá pagar o preço? Estamos todos desolados a mercê do descaso...

Quem foi?

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Quem é o verdadeiro culpado? Quem nos fez acreditar que somos simples, meros e humanos miseráveis? Quem colocou em nossas cabeças que somos fracos ou incapazes? Quem? Quem semeou a discórdia entre os povos, segregando nosso sangue, destituindo o que se restou da nossa humanidade? Quem te falou que a vida não é bela e que os nossos problemas são maiores que nossa capacidade de solucioná-los? Quem? Quem te disse que o Amor não existe, e que este sentimento não passa de uma ilusão coletiva, a qual somos convidados a participar involuntariamente dessa loucura incontingente. Quem foi? Quem disse isso??? Revelem-se os culpados. O Tribunal está aberto para todos serem julgados! E não há nada oculto que não venha a ser revelado. Mas antes que a sentença seja declarada, declamo meus versos nessa praça pública, correndo o risco de ser lixado. E ainda que não me ouçam, continuarei insistindo, persistindo, sem desistir de lutar por uma causa que deram por perdida.

Que tolo sou!

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Que tolo sou, Por achar que sei alguma cousa sobre o amor! Estou entre aqueles que só rotulam, Pouco sente, só discursam. Proclamo aos quatro ventos que estou amando... Mas o quê é amar se eu Não sei o que é este sentimento? Não sei o que sinto, Mas vejo um sinal. Espero no meu canto, Vá que aconteça algum mal? Que tolo sou, Desconheço o Amor. Por medo Medo de tocar nessa brasa E deixar que ela me consuma por inteiro. Uma motivação desconhecida Uma coragem que não é minha. Mas que brota do meu ser, Ganhando força a cada dia.

Música (?) inacabada...

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Continuo a caminhar...  Sigo em frente, não posso parar. Me perdi no teus abraços, digo adeus e sigo meus próprios passos. Mas a estrada, é perigosa Onde o vento nunca sopra. Se eu me perder,  não irei desistir Clamo para renascer. Veja o vento balançar os seus cabelos o Universo conspira a favor. Seja o sol, você nasceu para brilhar Veja seu Ser repleto de Amor.

Reflexões de novembro...

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Hoje acordei percebendo um brilho diferente. Olhei para trás e para o caminho percorrido. Senti um alívio. Pela primeira vez acordei sem arrependimentos... Se tudo o que aconteceu me fez transformar no que sou hoje, só tenho motivos para agradecer por tudo o que ocorreu, por todas as pessoas que conheci e que foram importantes nesses processos de amadurecimento interior que precisei passar. Não reclamarei de mais nada, apenas agradecerei infinitamente pela sabedoria da providência divina !  Todo o processo foi essencial. Toda dor e alegria, fracasso e vitória, acerto ou erro, foram essenciais para que eu pudesse enxergar através destes véus ilusórios. Essa certeza pulsa timidamente em meu íntimo me dizendo que estou no caminho certo, no caminho para manifestar minha Verdadeira Vontade . Quantos de nós estamos presos ainda aos comentários alheios referente a quem somos e como devemos agir? Já pararam para pensar, que quase sempre invalidamos nosso real intento para agr

Ventos com ares de mudança...

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Os velhos contemplam suas medalhas e honrarias... Os jovens querem mesmo a liberdade de expressão, nem que para isso tenha que combater a estúpida e infâmia, democracia... Mas o velho e o novo estão reunidos, clamando pelas ruas, lutando por uma causa muito bem conhecida. A ordem reprimida, a omissão do progresso, onde esconderam a pátria, amada, idolatrada? Ventos com ares de mudança... E sinto-me na obrigação de dizer: é agora ou nunca. Brado retumbante, avante aos campos das oliveiras, onde em tempos de guerra, ambos os lados obsoleto e altivos da justiça incoerente, desbravam suas espadas dando a vida por um propósito, um propósito que pode ou não, mudar nossas vidas...   

A Ampulheta

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... Ele fez uma reflexão, através de uma singela carta, a respeito de uma ampulheta que havia ganhado de supetão. Não fora muito caro. Via-se simplicidade no objeto, entretanto, algo lhe encantava. Havia magia e mistério em torno daquilo que cabia na palma de sua mão. Só após muito encará-la, pegou o lápis e pôs a escrever para ela: “Vou lhe confessar que de ontem para hoje, eu e a ampulheta estivemos nos encarando. Ela silenciosa; porém em constante movimento. Eu era instigado e atraído para ela. Pouco a pouco, ela foi me revelando toda a sua graça.  Eis o quê me disse:  - Como a  Michele  lhe disse, eu sou o Tempo. Agora, como observa com seus próprios olhos, ora o passado pesa mais, ora menos. Assim como também acontece com o futuro. Mas, por favor, meu caro! Não há razão para se preocupar. Veja que a única parte viva, em movimento, em mudança, é o Presente. Veja que o Presente só anda para você que o observa, quando você me ajuda, quando você me vira. Sei que é dif

(des) Esperança

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Não serei contaminada por esse pessimismo árido. Estou recusando desesperanças, Não sou voluntária do descaso. Sua indiferença, entretanto, É algo que me magoa. Sinto que entre nós existe Um enorme espaço... Diga-me se perdi algo! Não torne o Amor um desalento... Estou aqui para ser transformado Do que você tem medo? A desesperança é um veneno, que corrói lentamente os sentimentos...